Portugûes
Família antiga, originária da Galiza, cujo solar - a vila de Andrade - fica entre Puente Deume, Ferrol e Villalba, de cujas vilas o Rei D. Henrique II fez mercê a seu privado Fernão Peres de Andrade, descendente de Bermudo Peres de Traba Freire de A., o qual provinha dos antigos condes de Traba e Trastamaro. Por mercê dos Reis Católicos foram Condes de Villalba. Os Andrades ligaram-se aos Freires por diversas vezes, de tal modo que os dois apelidos passaram a considerar-se um só, usando uns A. Freire, outros Freire de A., ou isoladamente um destes dois apelidos. Várias vezes passaram a Portugal, onde muito se expandiram. Os principais ramos portugueses provêm de Rui Freire de A., que veio para Portugal com seus dois filhos, D. Nuno Rodrigues Freire e A., mais tarde Mestre da Ordem de Cristo, e Vasco Freire; de Rodrigo Afonso de A., parente muito próximo do referido mestre de Cristo, e de D. Isabel Afonso de A., filha de D. Fernando, conde de A.. João Fernandes de A., filho de Fernão Dias de A. e de sua segunda mulher, D. Beatriz da Maia, serviu os Reis D. Afonso V e D. João II, em pessoa e com homens de armas, nas tomadas de Arzila e de Tânger e em outros lugares, merecendo por tais actos a concessão de armas de mercê nova. Ele e seu irmão, Diogo Fernandes de A., foram para a ilha da Madeira desfrutar as terras que o Rei D. João II lhes doara nesta ilha - as do Arco da Calheta - comprando João Fernandes a parte que cabia ao irmão, quando este foi para a Galiza.