Portugûes
É muito antigo este apelido em Portugal. D. Soeiro Mendes de Maia, o Bom, contemporâneo do Conde D. Henrique e de seu filho D. Afonso Henriques, foi pai de Gonçalo Soares Mouro, que se recebeu com D. Urraca Soares G., irmã de D. Nuno Soares G.. Nos reinados de D. Afonso III, D. Dinis e D. Afonso IV, viveu Martim Gomes G., que acompanhou este Rei na batalha do Salado, onde morreu, o qual talvez descendente de algum dos Gaios acima referidos. Casou este Martim Gomes G. com Aldonça Anes de Belmir, de quem teve geração, continuadora daquela apelido. Também na Galiza houve Gaios antigos, pois Lopo Gonçalves de Abreu, grande cavaleiro de D. Dinis e um dos que seguiram o partido de seu filho o Infante D. Afonso, casou com D. Aldonça Rodrigues, filha de Rodrigo Anes G., daquele Reino, e de sua mulher D. Mília Pires de Cerveira. As armas dos Góios são idênticas e certamente pala semelhança, dos apelidos se passou à comunidade dos símbolos. É provável que esta armas pertençam aos Góios, pois tanto o Livro do Armeiro-mor, de 1509, com o de António Godinho, de 1530 as dão a este apelido e não atribuem nenhumas ao de G., que tem por documento heráldico mais antigo uma Carta de brasão concedida em 31-X-1571. O apelido G. deve provir de alcunha, significando alegre, folgazão e sendo também nome de pássaro. Timbre: um castelo de ouro rematado por uma bandeira de arminhos, hasteada de ouro, a haste movente, em pala das ameias da torre do meio.