Portugûes
Escrevem os genealogistas que a família dos M. procede da dos Pimentéis, sem, contudo, ligarem uma com a outra na origem. Segundo eles, cinco irmãos Pimentéis , naturais de Vila Real, estiveram com D. Afonso V, no cerco de Arzila, donde para entrarem na mesquita em que os Mouros se haviam fortificado se serviram dos seus cinco cintos de couro atados uns aos outros que lançaram a uma das ameias e subindo por eles com uma bandeira, penetraram na mesquita e mataram os Mouros. Por esta acção teriam, conforme dizem tais autores, ganhado o apelido e as armas. Esta origem do apelido não é porém, verdadeira, poquanto em tempos anteriores ele já existia. A pessoa mais antiga que se conhece é Estêvão Pires de M. casado com Aldonça Nunes de Meireles, filha bastarda de D. João de Chacim de Meireles, senhor de Chacima e da quinta de Meireles, em Trás os Montes. Foram pais de Lopo Esteves da M., ouvidor de Vila Real da vila de Lamas e de outras terras da mesma província, o quel teve do seu matrimónio Inês Lopes da M., que se recebeu com Martim Gonçalves Pimentel, filho bastardo de João Afonso Pimentel, senhor de Bragança, 1º Conde de Benavente. Tiveram estes vários filhos, entre os quias se contariam os cinco autores do feito de Arzila. A preposição que acompahana este apelido foi antigamente composta, da, mas com o decorrete do tempo se simplificou. Timbre: Meio mouro, vestido de azurl, toucado de um turbante de prata, tendo na mão uma lança de sua cor.