Portugûes
Encontra-se escrito com muita diversidade este apelido, aparecendo as formas Docem, Dossem e de Ocem, mas todas correspondem a do S.. Um dos mais antigos deste apelido foi o Dr. Gil do S., pessoa de muita autoridade no tempo de D. João I, chanceler-mor do Reino, embaixador a Castela e senhor do morgado de S.. Este Dr. Gil do D. foi casado com D. Branca Anes Nogueira, filha do Mestre João das Leis, pessoa muito honrada, que viveu em tempo de Afonso IV e D. Pedro I, senhor dos morgados de S. Lourenço, do conselho do Rei D. Fernando I, e de sua segunda mulher, Costança Afonso de Azambuja. Do Dr. Gil do S. e de sua mulher foram filhos o Dr. Martim do S., do Conselho de D. João I, chanceler-mor, do Conselho de D. Duarte e governador da sua casa, que casou com D. Maria da Cunha, da qual não teve geração; Pedro Gil do S., a quem o Mestre de Avis propriedades em Santarém; e D. Maria ou Branca do S., mulher de Álvaro Rodrigues de Almeida, alcaide-mor de Torres Novas, filho bastardo de Fernão Álvares de Almeida e de Maria Lourenço. Esta sua filha teve descendência que continuou o apelido e sucedeu na admistração do vínculo, por seu irmão Martim haver morrido sem filhos. Nos túmulos da igreja de S. Domingos, de Santarém, dos Drs. Gil Martim e João do S. se vêem as armas deste apelido, que são. De vermelho, com um leão de ouro, armado e lampassado de azul bordadura cosida de azul, carregada de oito vieiras de prata. Timbre: o leão do escudo.