Portugûes
Família que os genealogistas fazem antiga e muito qualificada, pois dizem provir de Godofre de Ruy, casado com D. Elvira Viegas, filha de D. Egas Moniz e de sua segunda mulher, D. Teresa Afonso. Era francês e teria vindo a Portugal com Duarte De Luxemburgo, embaixador de Roberto, Rei de França. Dão-no por filho bastardo de Guilherme, Rei de França, e de Madame Lúcia, Duquesa de Mompilher, e informam que fora senhor de Penela, Pombal, Montemor, Celorico, Figueiró, Palmela e do campo de Óbidos e que viveu em Coimbra, em cuja cidade se sepultou, no mosteiro de Santa Cruz, em monumento pequeno junto do Rei D. Afonso Henriques. É, porém, falsa teda esta genealogia, conforme provou o académico Machado de Faria no seu estudo intitulado Um Documento Afonsino Falso. Antes de D. João I, não se conhece esta família, da qual se ignora não só o princípio, como a origem do apelido, de natureza geográfica. Não se sabe, ao certo, de que lugar ela tomou o apelido, talvez o que existe na freguesia de Fradelos, no concelho de Vila Nova de Famalicão, a não ser que ste haja tirado o nome de algum membro da linhagem dos Alpões, como outros que existem com igual designação. A grafia da palavra ainda presentemente é, com frequência, Alpoem, ao lado das formas Alpõe e Alpoim, para os topónimos, mas todas elas correspondentes, a una só voz, nasalada, como se verifica, por exemplo, no lugar atrás citado.