Portugûes
É bastante incerta a origem desta família, pois os autores não concordam no seu progenitor. O mais antigo deste apelido, de quem parece poder deduzir-se a linhagem dos B., é Fernão Dias de B., morador no lugar de B., no concelho de Regalados, solar da família, que se supõe vivesse nos reinados de D. Afonso IV e D. Diniz. Posto que alguns autores genealógicos e heraldistas façam diferença entre Bairro e B., dizendo que são linghagens diversas, assim não é na verdade, porque indistintamente se empregaram as duas formas, a primeira das quais foi muito usada até princípios do século XVII. A um Francisco de B. deu-se por acrescentamento das armas dos B.: chefe de ouro carregado dum leão de azul, armado de vermelho. Timbre: o mesmo leão. Alguns autores descrevem diferentemente este acrescentamento, chamado leopardo ao leão e dando por timbre três troncos esgalhados, de sua cor, atados de vermelho, que é uma variante do timbre dos Baiross. Não se sabe quem era este Francuisco de B. momeado nos livros de armas, mas talvez fosse Francisco de B. de Paiva, filho de João de B. de Azevedo, contador-mor do Reino, e de sua mulher, Ana Figueira, o qual sucedera a seu pai na contadoria-mor, teve comenda na Ordem de Cristo e foro na Casa Real, com dois mil réis de moradia, e esteve vinte anos na Índia, onde serviu valorosamente. Voltando ao Reino, acompanhou seu parente D. Gil Eanes da Costa na embaixada so Imperador Carlos V, cuja corte abandonou por desavenças, pelo que regressou à Pátria.