Portugûes
Conta-se entre as mais nobres famílias, a dos Eças, pela sua origem real, bem patente nas armas do apelido. Provém de D. Pedro I, de Portugal, e de D. Inês de Castro, por seu filho D. João, senhor da terra e julgado de Lafões, das vilas de Seia, Porto de Mós, Gulfar, Sátão, Penalva, Rio de Moinhos, Besteiros, Sever, Fonte Arcada, Venviver, Moimenta, Armamar, Tanha, Riba de Vizela, Figueiredo, Aguiar da Beira, Cerquiz, Oliveira do Conde, Oliveira do Bairro com suas jurisdições e rendas, todas concedidas por mercê de seu pai por Carta de 1360, para ele e seus descendentes. Teve, também, o senhorio de Gouveia, que lhe deu seu irmão D. Fernando. Casou-se a primeira vez com D. Maria Teles de Meneses, viúva de Álvaro Dias de Sousa, irmã de D. Leonor Teles e filha de Martim Afonso Teles de Meneses e de sua mulher, D. Aldonça de Vasconcelos. Por falsas promessas da Rainha sua cunhada, que, ao mesmo tempo que lhe fazia crer no adultério de sua mulher, lhe prometia a mão da Princesa D. Beatriz, D. João, talvez mais espoicaçado pela visão do trono do que pela infidelidade de D. Maria Teles, assainou-a injustamente nos seus paços de Coimbra, a par de S. Bartolomeu. A sua segurança obrigou-o a deixar a Pátria, passando a Castela. Tomou armas contra Portugal, atacando Trancoso e E., o que levou D. Fernando a julgá-lo por traidor e inimigo do Pátria com perda do direito de sucessão ao Reino.