Portugûes
Assim se chamou o soberano negro da região agora chamado Congo, em Angola. Era também a designação geográfica primitivamente dada, na história dos descobrimentos portugueses, ao antigo Reino do Congo, depois incluído, em parte, na actual província ultramarina de Angola. O Manicongo compreendia toda a bacia do Zaire e tinha a sua sede na provoação indígena da Banza a Ambasse, crismada depois, pelos Portugueses, com o nome de São Salvador. Era um reino rico em matérias-primas, populoso, e um dos mais temidos da África Ocidental. Em 1485, conforme escreveu Rui de Pina, Diogo Cão, na sua segunda viagem de descobrimento, chegou à foz do Zaire, onde levantou uma padrão e enviou uma deputação ao M.. Como os enviados tardassem a regressar, Diogo Cão levantou ferro, colhendo em terra alguns negros principais e trazendo-os a Portugal, onde D. João II os recebeu com a maior alegria. Diogo Cão tornou a levá-los ao M., cheios de dádivas e magnìficamente tratados. Com o seu regresso a Banza, oi soberano libertou or Portugueses, que conservava como reféns, e deslumbrado com os presentes e com as narrações dos seus exilados deixou-se convencer pelos capitães e frades portugueses que visitaram a sua Corte, fazendo-se baptizar com o nome D. João, tomando sua mulher o nome de D. Leonor, e os seus principais os nomes de D. Gonçalo, D. Lopo, D. Rodrigo, D. Vasco, D. Diogo, etc., provávelmente apadrinhados pelos capitães portugueses idos ao M..