Portugûes
Já nos primeiros tempos da Monarquia portuguesa se encontram pessoas com o patronímico C., como Adozinda C., que doou bens ao mosteiro de Arouca em 8-I-1086; Paio C., que em 1114 também fez doação ao referido mosteiro; Pedro C., morto em Jerusalém, pai de D. João C., prior do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra em 1211; e João C., pai de Fernando C., legitimirado por D. Afonso IV. É natual que por então o patronímico ainda se não tivesse fixado o que algumas das passoas apontadas nenhum parentesco tivessem com as outras nem com a família dos Césares. A pessoa mais antiga que se conhece desta linhagem é João C., fidalgo muito honrado, que viveu no reinado de D. Dinis, de quem foi vassalo. Era pessoa de grande autoridade, pelo que o mesmo Rei o encarregou de fazes as Inquirições das honras de Entre Douro e Minho. Teve a alcaidaria de Évora, reinado D. Afonso IV. A Vasco Fernandes C., natural de Borba, termo da Merceana, cavaleiro-fidalgo da Casa de D. João III, feitor e guarda-mor da carga e descarga da Casa da Índia e de todas as suas armadas, ascrescentou o mesmo Príncipe, por carta de 22-VII-1539, a seu requerimento, as armas do Vieiras, que usava. Fez-lhe esta mercê atendendo aos serviços feitos ao Rei seu pai e a si próprio, tanto na Corte como na África, ajudando a construir o castelo de Mazagão, servindo dois anos de adail em Azamor, indo por capitão duma nau e uma caravale ao socorro de Arzila, e, sobretudo, por ter desbaratado sei fustas de mouros.