Portugûes
Família espanhola de grande antiguidade, pois procede de D. Fruela II, Rei de Leão, que foi chamado o Cruel, e de uma das mulheres com quem foi casado, parecendo que da primeira, D. Moninha Ximenes. Seu filho D. Ordonho, a quem o Rei D. Ramiro II, seu primo, mandou tirar os olhos em 930, assim como a seus dois irmãos, foi chamado o Cego e casou com D. Cristina, que se tem por filha do Rei D. Bermudo II, da qual houve o Conde D. Ordonho Ordonhes, senhor de Lemos, que confirmou doações régias pelos anos de 1042 e 1047. Este Conde teve também o senhorio de Sarria e de outras terras, serviu o rei D. Fernando no união das coroas de Castela e Leão e esteve nas cortes deste último Reino efectuadas no ano de 1037. Recebeu-se com D. Urraca Garcia, filha herdeira do Conde D. Garcia Fernandes de Aza de Maranhão e da Condessa D. Nuna, por cujo matrimónio foi senhor de Aza, sucessor das casa de seus pais e senhor de Náxera e Cabreira, pelo que também foi conhecido por D. Garcia de Cabra. Outros lhe chamaram D. Garcia de Maranhão, apelido de seu avô matero. Foi alferes-mor de D. Fernando I. Morreu ás mão dos Mouros, quando os combatia no castelo de Rueda, no ano de 1083.Consorciou-se com D. Urraca, filha de D. Garcia Sanches, Rei de Navarra, e de D. Estefânia de Barcelona. Alguns autores dizem que o matrimónio se efectuou não com esta senhora, mas com D. Elvira, senhora de Toro, filha dos Reis D. Fernando, o Magno, de Leão, e de sua mulher D. Sancha.