Portugûes
Família que se enobreceu no século XVIII. Por alvará de 17-I-1763 foi dada a casa e quinta de Alagoa por solar a José Francisco de Cruz A., riquíssimo comerciante que dela tomou o apelido. Sua família era originária, do distrito de Lisboa, onde, no lugar a Igreja Nova, antigo termo de Sintra, viveu um João Francisco, daí natural, casado com Brízida Francisca, do lugar de Agualva, freguesia de Belas, no mesmo concelho de Sintra. Deste casal nesceu, em Agualva, João Francisco da Cruz, industrial em Lisboa, o qual, por influência de um filho padre, foi deputado da Junta do Grão-Pará e Maranhão escrivão do Terreiro Publico. Casou-se com D. Joana Maria de Sousa de Vila Franca de Xira, filha de António Gomes e de sua mulher, Domingas Antunes, e morou em Lisboa, às Portas de Santa Catarina. Nasceram do referido matrimónio quatro filhos varões e duas fêmeas, professas no Mosteiro de Celas. Aqueles foram António José de Cruz, padre congregado e procurador-geral da Ordem, o qual, depois do Terramoto, despiu o hábito e foi cónego da Santa Basílica de Santa Maria e encarregado da sua reedificação; José Francisco da Cruz Alagoa; Joaquim Inácio da Cruz Sobral, e Anselmo José da Cruz Sobral. Foi José Francisco da Cruz A. fidalgo da Casa Real, do Conselho, de S. M. F. e do da Fazenda Real, tesoureiro-mor do Real Erário, procurador da Companhia do Grão-Pará e Maranháo, provedor da Junta do Comérico e administrador da Alfândega de Lisboa.