Portugûes
Os deste apelido provêm do Rei D. Afonso X, o Sábio, de Castela, e de sua mulher, D. Violante de Aragão, por seu filho mais velho, D. Fernando de la Cerda, que nasceu a 24 de Janeiro de 1256, com uma guedelha de cabelos no peito, como dizem autores antigos. Recebeu-se com Branca de França, filha de S. Luis, Rei de França, e de sua mulher, Margarida de Provença. Morreu em vida do pai, no ano de 1275, deixando os seguintes filhos, havidos do matrimónio: D. Afonso de la Cerda, que segue; D. Fernando de la Cerda, que casou com D. Joana Nunes de Lara, viúva do Infante D. Henrique e filha de D. João Nunes de Lara, senhor de Lara, e de sua mulher, Teresa Álvares de Azagra, cujos descendentes seguiram o apelido de Lara, e D. Margarida de la Cerda, que foi mulher do Infante D. Filipe. D. Afonso de la Cerda não sucedeu nos Reinos de seu avô, D. Afonso, o Sábio, porque seu tio, D. Sancho, irmão de seu pai, se introduziu na posse deles ainda em vida de D. Afonso X, que se inclinava a que o referido neto fosse o sucessor. Pedindo auxílio a D. Pedro, Rei de Aragão, para obtenção do trono usurpado, este o reteve no seu Reino por assim lhe convir a seus negócios. D. Afonso intitulava-se Rei de Castela e nas pazes celebradas pelo Rei D. Sancho com o Rei Filipe, o Formoso, de França, foi prometido a este por D. Sancho largar o Reino de Múrcia a D. Afonso. Timbre: o leão do escudo.