Portugûes
Começa este apelido num filho de Nuno Tristão, cavaleiro da Casa do Infante D. Henrique, onde se criou desde menimo, homem de grande valor que serviu aquele príncipe no descobrimentos da costa da Guiné. Nuno Tristão foi morto pelo gentio no Rio do Ouro, que se ficou a chamar Rio do Tristão. Viveu em Lagos e sua viúva houve tença, que lhe deu o Infante. Do matrimónio nasceu João Infante, cujo apelido tomou por se criar na Casa do I. D. Henrique, ou por seu pai o ter por alcunha. Também foi muito valoroso e serviu D. João II nos descobrimentos, atingindo a Serra Parda, descobrindo o Rio do I., por ale assim denominado, e o Cabo Tormentoso, chamado depois da Boa Esperança. Regressou ao Reino em 1487. Do seu casamento deixou geraçao que ncotinuou o apelido. Não se conhecem armas próprias do apelido, mas Jacinto Leitão Manso de Lima supõe que as tivesse, porquanto Nuno I., filho deste João I., na sua sepultura, na capela-mor da igreja paroquial de Santa Cruz, de Santarém, ostenta um escudo raso assente em duas espadas cruzadas em aspa. Na heráldica das famílias portuguesas sòmente se encotra o escudo liso dos Meneses. Certamente não pertencia a tão antiga e ilustre famíla, pois seu neto, se tal sucedesse, pediria estas armas e não invocaria, sòmente, a linhagem dos Sobrinhos, para se lhe concederam as deste apelido. Nem o Livro do Armeiro-mor, nem o de António Godinho, ambos do século XVI, se referem aos Infantes.