Portugûes
Procedem os deste apelido em Portugal de Fernão Gil, o quel foi criado de tesoureiro de D. Duarte, a quem prestou muitos e grandes serviços assim como a seu filho, D. Afonso V, e já servira D. João I na tomada de Ceuta, pelo que D. Afonso V, considerando que ele "deu sempre de ssy boom comto como homem leall e boom e digno de todo bem e homrra" e também "ho singullar amor que lhe por sua lealldade e seruiços os ditos senhors" e ele próprio tiveram e tinha, o fez cavaleiro por Carta de 21 de Outubro de 1450. Sabendo o mesmo Rei que ele era de boa geração e aparentado com alguns armas direitamente, deu-lhe no entanto, armas novas porque "elle disse que seria mis contemte per memoria de sua criaçom e seruiços" por aquela carta, na quela lhe concedeu, igualamente para si e seus descendentes, o apelido de M. Querem alguns genealogistas que Fernão Gil fosse filho de Gil Álvares M., que foi fidalgo da Casa de D. João I e neto de Álvaro Vasques Monterroso, que seguiu o partido de D. Pedro contra seu irmão D. Henrique, pelo que ficando este com a coroa de Castela, veio servir D. Fernando e se estabeleceu em Rita Douro, tendo várias merês régias e de sua mulher D. Maria Gil. A carta de D. Afonso V concedento-lhe novas armas e apelido, contraria esta dedução genealógica. Timbre: Um pescoço de águia de vermelho de duas cabeças bicadas de prata.