Portugûes
Apelido de origem geográfica, de que, em Portugal parece existirem diversas famílias, umas provenientes do próprio país, outra vindas de fora, pois com este nome as há na Espanha, na França, na Itália e na Sardenha. Uma das que se tornaram mais conhecidas e tiveram várias cartas de brasão de armas, por sucessão, foi a da região da Lousã, da qual saíram, como parece, os Serras do Grão-Pará. Outra família descende, por legítima varonia, de Álvaro da Serra, cavaleiro fidalgo das Casas d'el-Rei D. Manuel e D. João III, e de sua mulher D. Mécia Gorjão, com quem c. por escritura de 23.8.1508, sendo dotados com o Casal de Tiritana a 20.10.1513 (vinculado, a 29.10.1513, com propriedades na Roliça, Turcifal e Baleal). D. Mécia Gorjão era filha de Álvaro Annes Gorjão, escudeiro fidalgo e cavaleiro fidalgo, monteiro-mór de Óbidos e dos Coutos de Alcobaça, e de sua 2ª mulher D. Maria Annes (filha herd.ª de João Gonçalves e de Violante Afonso, srs. do Casal da Tiritana), e era irmã, entre outros, de João Gorjão, que teve carta de brazão de armas de Gorjão a 4.8.1501, e de Francisco Gorjão, juiz das cizas de Óbidos, c. c. D. Beatriz Henriques, com a qual instituiu, a 16.7.1554, a capela do Espírito Santo na Matriz de Roliça, que anexaram ao vínculo da quinta da Freiria (Casal da Tiritana), com obrigação de seu adm.or usar sempre o apelido de Gorjão, conforme se lê na lápide tumular que ainda ali se encontra. Álvaro da S. e sua mulher foram pais de Bernardo Gorjão da S., moço da Câmara.